ANCESTRAIS DE SÃO PAULO

Antonio Marcondes do Amaral
(Capitão)

NASCIMENTO:
Ilha de São Miguel dos Açores

FALECIMENTO:
17 de Maio de 1786

PAIS:
Dionisio Marcone
Maria Vieira

1.ESPOSA:
Maria Madalena de Jesus (ou Cardoso)

DATA DO 1.CASAMENTO:
1741 em Pindamonhangaba

2.ESPOSA:
Anna Joaquina de Sá

DATA DO 2.CASAMENTO:
1769

FILHOS DO 1.CASAMENTO:
Antonia Cardoso de Jesus
Ignacio Marcondes do Amaral (Capitão-Mor)
Domingos Marcondes do Amaral (Tenente)
Agostinho Marcondes do Amaral
Maria Vieira Marcondes
Thomaz Marcondes do Amaral
Francisco (falecido antes do pai)

Temos estado dedicados, nesses ultimos anos, a pesquisa a família Marcondes, fundada em Pindamonhangaba a 15 de outubro de 1741, quando ai se casaram na Matriz da Nossa Senhora do Bom Sucesso, a pindamonhangabense Maria Madalena Cardoso, e o Açoriano Antonio Marcondes do Amaral, da freguezia de Achadinha na ilha de São Miguel, no Arquipélago dos Açores, o qual, ficando viúvo convolaria, vinte oito anos mais tarde, novas núpcias na Igreja de Aparecida com Ana Joaquina de Sá de família guaratinguetaense.
O fundador da família Marcondes, segundo apurou o Barão Homem de Melo, naufragara em 1738 nas costas do Rio Grande do Sul, tendo sido salvos tripulantes e carga do barco que ele comandava, a sumaca S. Boaventura.
Era Antonio filho de Dionisio Marcone, cirurgião venesiano (que alteraria seu nome para Dionisio Marcondes) e Maria Vieira, esta natural da aludida freguezia de Achadinha. As bodas do casal ocorera na igreja de Nossa Senhora do Rosário a 10 de Abril de 1709. O sobrenome Amaral, adotado por Antonio, deveria ser, como aventa o estudioso João Lang Pinto, uma homenagem a Felipe do Amaral e Vasconcelos, padrinho do casamento dos pais e, pois, amigo íntimo da família. A suposição é legítima, pois se tratava - a adoção de apelidos - de uma prática muito comum nessa época.
O antigo comandante da sumaca São Boaventura estabeleceu-se na Vila Real de Pindamonhangaba e ai exerceu atividades agrárias e comerciais além de manter tropas de bestas mansas (como então se denominava) para transportes ao porto de Parati e outros pontos, tendo apartir de certo momento, o filho Cap. Mor Ignácio Marcondes do Amaral como seu sócio.
Com passar dos tempos Antonio se tornou uma das pessoas mais proeminentes da Vila . A 16 de Março, o Conselho Municipal o escolheu para ocupar o posto de Capitão da Ordenanças, tendo cabido, nesta qualidade, realizar o censo nos baiross de Mato Dentro e Borba, e xistindo no Arquivo do Estado as listas assinadas por ele.
Ao falecer, em 17 de Maio de 1786, com 76 anos de idade, deixou uma grande fortuna. Ataíde Marcondes que o biografa em seu valiosissimo "Pindamonhangaba atraves de dois e meio séculos"(de que nos valemos fartamente para fazer este trabalho) considera-o, certamente com entusiasmado exagero, um dos homens mais ricos de seu tempo. Mas a grande herança de Antonio Marcondes, como era abreviadamente tratado, fois sua descendência, que hoje anda pela casa das dezenas e dezenas de milhares de pessoas, as quais, pela vinculação com outras famílias, assinam agora os mais diversos sobrenomes.
"Os Marcondes - diz o ilustre historiador Waldomiro Benedito de Abreu, escrevendo na Tribuna de Norte em 2/10/1974 - fizeram a grandeza de Pindamonhangaba ao tempo do Império, concorreram largamente para a criação da chamada civilização do café e se destacaram em multiplos setores de atividade materia e de pensamento do Brasil".
Anunciando o Instituto Genealógico Brasileiro um projeto de levantar a descendência dos titulares do Imperio, ocorreu-nos a idéia de extrair de nossas notas sobre os Marcondes os dados relacionados com os titulares a eles ligados, publicando-os para conhecimento dos interessados, os seus descendentes.
São eles os seguintes: Barão Homem de Melo, Itapeva, Lessa, Pindamonhangaba, Romeiro, e Sapucaia; baronesas de Jequetimonha, Mossoró, Palmeira, Paraibuna e Saboia.
Nas suscintas biografias da maioria dos titulares estudados, baseadas quase sempre no valioso livro de Ataide Marcondes (que quanto mais lemos mais somos inclinados a pensar que Pindamonhangaba lhe deveria erguer uma estatua!) há muitas semelhança de situações e atitudes. É claro que isso teria que acontecer. São pessoas da mesma categoria social, inseridas no mesmo contexto histórico, vivendo os mesmos problemas e assistindo o mesmo panorama humano e econômico. Era, portanto, natural que reagissem dentro de um mesmo padrão.
Os levantamentos que se seguem poderão conter erros e omisões, sempre lamentáveis. Pedindo excusas por essas falhas, rogamos a todos que a localizem a amabilidade de nô-las comunicarem para serem sanadas na publicação da obra sobre os Marcondes.
Lamentamos a simplicidade da publicação, registramos nosso antecipado prazer de ceder os direitos autorais para quem deseje fazer edição mais aprimorada.

São Paulo, Janeiro de 1978

Jõao Ribeiro Marcondes Machado

( texto tirado do livro "Os titulares do Império ligados a família Marcondes)


Contatos:
ancestrais@yahoo.com

No ar desde o dia 12 de Fevereiro de 2000

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