ANCESTRAIS DE SÃO PAULO

João de Toledo Castelhanos

 

Batizado:
1642

PAIS:
Dom Simão de Toledo Piza
Maria Pedroso

IRMÃOS:
Gracia da Fonseca Rodovalho
Anna Ribiero Rodovalho

1ª ESPOSA:
Maria de Lara

FILHOS:
João de Toledo Piza Castelhanos (Dom)
Lourenço de Toledo Taques (Padre)
Diogo de Toledo Lara (Capitão-Mor)
Simão de Toledo Castelhanos
Maria de Lara
Ignacio (Frei)
Theresa de Toledo Castelhanos

2ª ESPOSA:
Anna do Canto de Mesquita
Bento de Toledo Castelhanos (Tenente-General)
Francisco de Toledo (Padre)
Anna do Canto Toledo
Pedro Nolasco de Toledo
Escholstica de Toledo
Joanna de Toledo Canto e Mesquita

 

História:

                                                            A respeito de João de Toledo Castelhanos escreveu Pedro Taques: "serviu repetidas vezes os cargos da república. Habilitou-se com sentença de generê em 1658 para o estado sacerdotal, mas casou-se. Em 1680 foi juiz ordinário e de órfãos. Teve cordial devoção ao serviço da Purificação de N. Senhora; e para ser todos os annos aplaudida esta sagrada imagem collocada na igreja do collégio dos jesuítas em altar collateral, ficou sendo seu padroeiro, com o concurso de seu cunhado o capitão-mór governador e alcaide-mór Pedro Taques de Almeida, e ambos por alternativa anual faziam esta festa com missa cantada, sermão e o sacramento exposto no throno; e para o refeitório dos religiosos n´este dia mandavam com grandeza e abundância várias iguarias de massas e conservas. Foi muito dado ao uso da oração mental, praticando sempre as virtudes moraes em benefício do próximo e perfeita educação de seus filhos. Vivia no retiro de uma quinta, vulgarmente chamada chácara, situada no alto plano que faz o rio Tamanduatehy, unido já com a ribeira Anhangabahy (por detrás do mosteiro de S.Bento em tiro de peça) na campina do sítio da capela de N. Senhora da Luz do Guarê. N´esta quinta se recreava com a cultura de várias flores de um jardim, que era o total emprego dos seus cuidados (único até aquelle tempo pois que os moradores de S. Paulo só tinham por interesse ou as minas de ouro, ou as grandes searas de trigo, com a abundancia da creação de porcos, de que faziam provimentos para as cidades do Rio de Janeiro e Bahia de Todos os Santos). Com estas flores fazia adornar os altares dos templos, principalmente o de N. Senhora do Carmo de cuja ordem terceira era irmão professo. As suas virtudes e exemplar vida mereceram conseguir uma ditosa morte; porque, enfermado, e conhecendo o perigo da vida se dispôs com todos os sacramentos, tendo atualmente a assistencia dos reverendos, que gostosos lhe faziam tão pio obsequio, assim o reverendo comissario dos terceiros como os de S. Francisco, de S. Bento e da Companhia de Jesus, conservando uma tranqüilidade de espírito e catholica resignação, expirou no mesmo ponto em que se elevava a sagrada Hostia pelo celebrante da missa cantada na festa da Purificação, que a elle tocou no dia 2 de fevereiro de 1727. Nunca quis sair da patria, e por isso, até deixou perder o morgado do Pico Redondo na ilha Terceira, consentindo que os mais parentes os desfructassem. Apenas por duas vezes aproveitou parte dos rendimentos, que lhe foram enviados por intervenção dos padres jesuítas dos collegios da Bahia e Rio de janeiro, que recebeu em S. Paulo em avultada somma de panno de linho e aguas ardentes. Na mesma inércia seguiu o f.º primogênito dom João de Toledo Piza Castelhanos, pelo que veio esta casa a perder aquelle morgado sem mais causa que a de uma total e indesculpavel omissão que se foi diffundindo aos demais herdeiros até o presente".

(Texto tirado do livro Genealogia Paulistana, de Silva Leme vol V - Titulo Toledos Pizas)

 

No ar desde o dia 13 de Setembro de 2011


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